O presidente da União Geral dos Trabalhadores da Bahia (UGT-BA), Marcelo Carvalho, voltou a falar, neste sábado (18), sobre a crise no transporte público e disse que a mobilidade urbana deveria ser vista como uma prioridade pela atual gestão.
“Cerca de 40% da população depende do transporte público para se locomover, estudar e trabalhar, mas o que vemos são ônibus sujos e lotados, frota insuficiente, linhas reduzidas, problemas que atingem mais duramente os moradores da periferia”, disse o sindicalista.
A alta no preço da passagem de ônibus colocou Salvador entre as capitais do Nordeste com a tarifa mais cara. O reajuste de R$ 4,90 para R$ 5,20 foi anunciado após o cancelamento de uma greve que havia sido marcada pelos rodoviários.
Carvalho também criticou a aprovação, por unanimidade, pela Câmara Municipal do subsídio de R$ 205 milhões ao serviço de transporte público de Salvador, “beneficiando as empresas concessionárias responsáveis pela atual precariedade”.
Um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) mostrou que, entre março de 2020 e julho de 2021, 14 Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) foram abertas em Câmaras Municipais pelo Brasil para investigar ilegalidades nos sistemas de transporte público.
Desde a pandemia e a perda de receita com a redução de passageiros, Marcelo Carvalho tem insistido que é necessário rever a estrutura do transporte público e envolver mais a sociedade nesse debate. “A saída seria adotar a tarifa zero, como já existe em cidades dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro”, propôs o presidente da UGT-BA.
Fonte: política livre