Em um esforço para conseguir todas as vantagens possíveis na busca por emprego, a Geração Z está recorrendo às pessoas que sempre ajudaram mais: seus pais.
Uma pesquisa recente com candidatos a emprego mostra que 70% dos membros da Geração Z pedem que os pais os ajudem a conseguir um trabalho. Daqueles que encontram, 83% atribuem os resultados positivos à orientação parental.
Mas não para por aí. Quase 40% desse grupo afirma que o pai ou a mãe os acompanhou em uma entrevista de emprego presencial. E quase 30% relatam que um deles entrou na entrevista, e em 20% dos casos, se apresentou ao entrevistador.
A Geração Z – nascida entre 1995 e 2010 – foi a última a entrar no mercado de trabalho e já é conhecida por suas demandas de flexibilidade e necessidade de propósito. Eles representam 32% da população mundial e serão 27% da força de trabalho no próximo ano, de acordo com a McKinsey.
Processo seletivo em família
Um em cada 10 candidatos a emprego da Geração Z teve ajuda dos pais para completar a triagem do RH, uma etapa inicial do processo seletivo, enquanto 1 em cada 8 fez com que seus pais escrevessem seu currículo do zero.
As mães são mais prestativas e solidárias, já que 76% dos membros da Geração Z relatam receber mais ajuda delas (contra 45% que recebem ajuda dos pais).
Das pessoas que tiveram entrevistas virtuais, 71% disseram que um dos pais estava presente, mas fora das câmeras, para apoiá-los. Quase 30% afirmaram que os pais estavam diante das câmeras e, se eles aparecessem, a probabilidade de falarem diretamente com o entrevistador era de 85%.
Frustração geracional
A Geração Z enfrenta diferentes pressões no mercado de trabalho. Outro estudo mostra que mais de 30% dos recrutadores preferem contratar trabalhadores mais velhos aos candidatos da Geração Z por problemas de etiqueta e comportamento.
Os jovens têm dificuldades na comunicação, influenciada pelo Instagram e TikTok, e vivem um cenário de altos preços de moradia, por exemplo. Em um vídeo publicado no TikTok, um jovem americano expressa a frustração econômica dessa geração. Seu post recebeu quase 11 milhões de visualizações e 2 milhões de likes.
A frustração é grande para diferentes gerações, principalmente quando se trata de encontrar uma nova oportunidade de trabalho. Há algo de errado em recorrer a outros recursos na hora de procurar emprego? Muitas pessoas estão usando inteligência artificial, por exemplo, para escrever currículos, ajudar a procurar emprego e se preparar para entrevistas.
Mais autoconfiança
A confiança (ou a falta dela) pode ditar como você se porta em um processo seletivo. Para os Gen Z que estão procurando emprego, ter ajuda dos seus pais aumenta ou inibe sua confiança? Não há nada de errado em pedir orientação e apoio, mas você está confiante de que vai conseguir desempenhar o trabalho quando estiver sozinho?
Na era da IA, em que a tecnologia é mais rápida e melhor, e os pais têm mais experiência e visão, tendemos a não confiar em nós mesmos.
Reconheça que você pode ser melhor do que imagina. Todos temos a capacidade de fazer coisas pela primeira vez e lidar com a incerteza. A síndrome do impostor não tem idade e, felizmente, o desenvolvimento humano também não.
Fonte: Forbes